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Amazon é uma das interessadas na privatização dos Correios

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Fonte: IG Economia - Imagem: Julio Vilela

 

 

amazonUma das motivações da greve deflagrada nesta quarta-feira (11), o processo de privatização dos Correios, que ainda está em estudo pelo governo federal e precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, já conta com grandes empresas interessadas na compra.

Em junho deste ano, a norte-americana Amazon e a chinesa Alibaba , dona do AliExpress, já demonstravam interesse em participar do leilão.

Em agosto, o governo de Jair Bolsonaro confirmou o desejo de privatizar a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a incluiu no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que trata dos processos de privatização de empresas públicas federais.

Segundo os funcionários dos Correios, que iniciaram movimento grevista, o governo e a direção da estatal querem reduzir salários e benefícios para diminuir custos e facilitar a privatização.

Além de ser contra o reajuste salarial proposto, de 0,8%, a categoria também critica a retirada de pais e mães do plano de saúde, a exclusão do vale cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da coparticipação em tratamentos de saúde.

"A empresa quer retirar benefícios que vão trazer um prejuízo anual ao trabalhador entre 7 e 8 mil reais. Não estamos nem pedindo aumento real do salário, apenas a reposição da inflação e a manutenção dos benefícios", diz Pedro Alexandre, diretor de imprensa dos sindicato dos Correios no Rio de Janeiro.

 

Impacto

Enquanto grandes empresas internacionais aguardam a finalização dos estudos do governo que vai determinar as condições para a venda da estatal, a greve afeta o funcionamento de empresas como a Amazon. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), 88% dos comércios eletrônicos do País utilizam os serviços dos Correios.

O movimento dos trabalhadores tem prazo indeterminado . A empresa, por nota, afirmou que nesta quarta-feira (11), 82% do efetivo da empresa está trabalhando regularmente. Representantes dos funcionários, porém, informaram que 80% das agências em todo o Brasil podem aderir ao movimento grevista.