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Bacia de Sergipe tratará gás e disponibilizará ao mercado até 18 milhões m³/dia

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A iniciativa é algo inédito no Brasil, inaugurando os tratamentos de gás natural integral, dispensando o investimento em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs)

Meu projeto 64Sergipe foi destaque na área de Petróleo e Gás em mais uma publicação nacional. Desta vez, de acordo com matéria publicada no site Brasil Energia, a Petrobras irá tratar nas próprias Unidades Flutuantes de Armazenamento e Transferência (FPSOs) todo o gás produzido no Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), em Sergipe. 

Com esse conceito inovador no projeto, o Sergipe Águas Profundas conseguirá produzir, processar e especificar o gás nas unidades de processamento direto para a venda. Com esse formato, a petroleira reduzirá a complexidade de execução do projeto, facilitando a logística durante a operação e atraindo a atenção, já que tal fato está sendo visto como um marco no país.

A matéria informa ainda que no projeto de Sergipe, a Petrobras adotará a metodologia de refrigeração mecânica. O mecanismo utilizará um fluido refrigerante para resfriar o gás e assim tirar as frações mais pesadas. Já as partes mais leves serão exportadas para uma estação de recebimento, que será instalada em Sergipe, funcionando como um ponto de distribuição.

Ainda de acordo com o Brasil Energia, o Sergipe Águas Profundas terá a capacidade de disponibilizar ao mercado até 18 milhões m³/dia de gás quando o módulo de produção do sistema estiver em operação. Para isso, a Petrobras precisará fornecer um gás sem as frações mais pesadas, o mais seco possível e sem contaminantes, o que trará um resultado mais econômico ao projeto, segundo o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen.

O superintendente Executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Marcelo Menezes, destaca a importância da iniciativa para o projeto SEAP. “O gás a ser produzido no Sergipe Águas Profundas tem baixo teor de CO2 e pequena incidência de contaminantes, simplificando e barateando o seu processamento. Considerando esse fator e a menor distância de escoamento dos poços até o litoral, o gás a ser produzido em Sergipe poderá ter um custo mais competitivo, contribuindo para a atração de investimentos para o seu consumo no próprio Estado”, explica.


Sergipe Águas Profundas

O projeto de Sergipe terá dois módulos, cada um com um FPSO. A primeira unidade tem capacidade de produzir 120 mil barris de petróleo por dia e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Já a segunda unidade será um pouco maior, com capacidade 120 mil barris de petróleo/dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás/dia. Além disso, o SEAP contará com um gasoduto de escoamento com 128 km de extensão, sendo 100 km no mar e 28 km em terra.

O planejamento para o início da produção do SEAP era, originalmente, para 2026, contudo, após o cancelamento da primeira licitação, a previsão é de que tenha início apenas em 2027. Entre os desafios do Projeto, o diretor da Petrobras destacou o volume expressivo de exportação de gás para ser produzido em uma área de nova fronteira, sem a logística e a infraestrutura disponíveis das bacias de Santos e de Campos.

“Vamos trabalhar em uma área isolada do ponto de vista da Petrobras. Em Búzios, por exemplo, já temos toda uma infraestrutura funcionando, mas Sergipe é uma nova fronteira”, pondera João Henrique Rittershaussen, executivo da petroleira brasileira.



Fonte: FaxAju