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Para Dieese, Belivaldo pode discutir reajuste de servidores

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Governo está abaixo do limite prudencial da folha e poderia recompor perdas

 

DIESSE

 

Fonte: Jornal da Cidade 

Por Mayusane Matsunae

Foto: André Moreira

Conforme o relatório do primeiro quadrimestre de 2021 divulgado pelo Governo de Sergipe, o governador Belivaldo Chagas (PSD) poderia discutir com os servidores alguma recuperação das perdas salariais, o tão esperado reajuste. O entendimento foi feito pelo economista Luís Moura, coordenador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), após análise nas contas da receita da administração estadual.

O economista Luís Moura informou que a afirmação é baseada nos dados oficiais, em obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal – que põe limite máximo, prudencial e de alerta, respectivamente 49%, 46,5% e 45%. “Pela primeira vez, nos últimos cinco anos, o Estado está com o limite abaixo do ‘limite prudencial’, que fechou o quadrimestre com 45%. Isso quer dizer o quê? Que o Estado poderia discutir alguma recuperação das perdas salariais”, frisou.

De acordo com o economista, para muitas categorias os salários estão congelados há quase dez anos, outras o último foi em 2014, em 2018, mas a grande maioria tem mais de cinco anos. “Então, é claro que os servidores estão vivendo uma situação extremamente delicada do ponto de vista salarial. Não é por outro motivo que os servidores andam pendurados no consignado do Banese. Ou seja, quando não tem reajuste e para manter o mínimo padrão de vida, acaba se endividando e acaba diminuindo ainda mais a sua capacidade de consumo porque tem que pagar juros ao banco”, pontuou.

Discutir reajuste Diante do relatório apresentado pelo governo, o coordenador do Dieese considera que a situação do Estado, em relação ao último quadrimestre de 2020, está melhor. “O Estado hoje talvez tenha as melhores condições dos últimos cinco anos. Porque, percentualmente, diminuiu o gasto com seus servidores”, mencionou. Por essa razão, segundo Luís Moura, seria “plenamente plausível” um reajuste salarial. “Fazer uma discussão transparente onde todos os números fossem colocados à mesa. Mesmo porque existe certa desconfiança dos servidores com relação aos números que são divulgados”, reforçou.