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Pesquisa sobre o preço da cesta básica assusta os brasileiros com até 1 salário mínimo

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Periodicamente, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), realiza pesquisas sobre o preço da cesta básica. O último levantamento fez um apanhado referente aos últimos 12 meses e, o resultado surpreendeu os trabalhadores, sobretudo aqueles que recebem um salário mínimo

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De acordo com o Dieese, o preço da cesta básica teve um aumento na margem de 18% no ano de 2022 em 17 capitais brasileiras distintas. Nos últimos meses, o trabalhador chegou a comprometer até 60% do salário mínimo na compra de alimentos básicos para manter a subsistência. A apuração identificou as maiores altas nas seguintes capitais:

Goiânia – 17,98%;
Brasília – 17,25%;
Campo Grande – 16,03%;
Belo Horizonte – 15,06%.

O levantamento fez uma comparação do valor da cesta básica em relação a dezembro de 2021. O item é um dos fatores utilizados na base de cálculo e definição do salário mínimo.

Desta forma, mesmo com o aumento proporcional do salário mínimo de R$ 1.212 em 2022, a cesta básica mais cara foi encontrada na capital paulista, sendo vendida a R$ 791,29. O valor equivale a 70,58% do piso nacional.

No último lugar, está a cesta básica de Aracaju, encontrada por R$ 521,05. Levando em consideração esses valores, o Dieese aponta que, o trabalhador que recebe um salário mínimo, comprometeu até 60,22% da remuneração na compra de alimentos.

Em relação ao mesmo período em 2021, a média registrada era de 58,91%. Dentro dos itens essenciais, oito dos 13 produtos registraram altas em todas as capitais estudadas: leite integral, pão francês, café, banana, manteiga, farinha de trigo, batata e farinha de mandioca.

Outros itens, como o óleo de soja e o arroz registraram aumentos, porém em 16 e 15 cidades, respectivamente. A inflação acumulada do preço dos alimentos chegou a 10,91% em novembro do ano passado.

Altas na cesta básica por capital

Goiânia: 17,98%;
Brasília:17,25%;
Campo Grande: 16,03%;
Belo Horizonte:15,06%;
Belém: 14,83%;
São Paulo: 14,60%;
Rio de Janeiro: 12,98%;
Fortaleza: 12,94%;
Porto Alegre: 12,11%;
Florianópolis: 11,55%;
Curitiba: 11,17%;
Natal: 10,35%;
Salvador: 10,13%;
Vitória: 10,09%;
João Pessoa: 9,99%;
Aracaju: 8,99%;
Recife: 6,15%.


Salário mínimo ideal

De acordo com a pesquisa, o valor ideal para o salário mínimo deveria ser de R$ 6.647.63, 5,5 vezes maior em comparação ao valor vigente em dezembro, de R$ 1.212. O mesmo levantamento também aponta que o valor necessário para o salário mínimo seria de R$ 5.800,98, 5,3 vezes maior da quantia de 2021, de R$ 1.100.

O levantamento inclui gastos contabilizando despesas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência Social, para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.



Fonte: .fdr