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Redução do isolamento social impacta no aumento de casos de Covid-19 em Sergipe

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sergipe 18 05

A partir do aumento de contaminações pelo novo coronavírus em Sergipe, o professor Paulo Ricardo Martins Filho, do Departamento de Educação em Saúde e coordenador do Laboratório de Patologia Investigativa da Universidade Federal de Sergipe, elaborou um estudo buscando avaliar a relação de causa e efeito entre o isolamento social e os casos de Covid-19 no estado.

Utilizando índices de isolamento social obtidos através de dados de uma empresa de tecnologia e dados de contaminação disponibilizados nos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde, o estudo aponta que há uma relação direta entre a queda nos percentuais de isolamento da população e o crescimento dos casos confirmados.

Com o menor índice de isolamento social dentre os estados do Nordeste, Sergipe tem, atualmente, uma taxa de crescimento médio de 15% ao dia no número de contaminações com aproximadamente 100 casos para cada 100.000 habitantes. Frente a estes números, o pesquisador alerta que a estratégia adotada pelas autoridades públicas “até então pode não ter sido suficiente para frear a transmissão do vírus uma vez que depende muito da conscientização e adesão das pessoas”.

Para reversão do cenário no estado, Martins aponta tanto a ação dos indivíduos quanto ações governamentais como medidas essenciais. “É importante ressaltar que o comportamento individual é crucial para controlar a propagação da COVID-19 incluindo os cuidados quanto à higiene das mãos, o uso de máscara de proteção respiratória e o distanciamento social. Além disso, são primordiais as ações do governo no sentido de proibir aglomerações e fornecer boas instalações de diagnóstico, acesso imediato e tratamento especializado para pessoas com as formas graves da doença”, destaca em Nota Técnica com informações sobre o estudo.

De acordo com o pesquisador, o aumento nos índices de isolamento será determinante não apenas para a redução das contaminações, mas “deverá repercutir também no número de óbitos e na prevenção do colapso do sistema de saúde juntamente com a ampliação dos leitos disponíveis em consonância com a primeira nota técnica emitida pelo nosso laboratório no início do mês de maio”.

Acesse aqui a íntegra do estudo.