Servidores estaduais e municipais mobilizados contra o aumento o desmonte do Ipesaúde
O próximo ato já está marcado, será dia 07 de agosto em frente ao Tribunal de Contas de Sergipe
“Trabalhei 35 anos, sou professora aposentada, dediquei a maior parte da minha vida para educar crianças e jovens sergipanos e agora levo esse baque no desconto do Ipesaúde”.
O sentimento de indignação da professora Marlene Gonzaga que veio de Malhador participar do ato é o mesmo dos milhares de servidores e servidoras da ativa e aposentados que contribuem para Ipesaúde no ato realizado na manhã da última segunda, dia 31.
Descontos que estavam na casa dos R$300, dobraram para R$600 outros ultrapassaram os mil reais (somando titular e dependentes), a política do governo Fabio Mitidieri em colocar nas costas e nos bolsos dos contribuintes do Ipesaúde a conta do “rombo de R$200 milhões” nas receitas do instituto e a precarização do atendimento.
“Este é o nosso terceiro ato em defesa do Ipesaúde e contra o aumento abusivo da alíquota de contribuição. Em um cenário onde grande parte dos servidores tiveram 2,5% de acréscimo nos salários e outros sequer tiveram, o aumento da alíquota do Ipesaúde, que em alguns casos passou de 100%, desorganiza a vida financeira das famílias e deixa a todas e todos nós indignados”, disse Ivonia Ferreira vice-presidenta da CUT Sergipe.
Sintese, Sindipema, Sints (educadores sociais), Sintasa (Saúde), Sindimed, Sindasse (assistentes sociais, Seese (enfermeiras/os) Sindijus (Judiciáio), associações militares, Fetam (servidores municipais), CUT, CTB, Sacema (agentes comunitários e endemias), Sintrase, Sinpsi (psicólogos), Sigma (guardas municipais), Sindivip (vigilantes do estado) participaram do ato.
Aumento na contribuição e redução dos serviços
Para além do aumento, quem faz parte do Ipesaúde viverá uma limitação nos atendimentos e também na requisição de exames. A partir de 01 de janeiro, os contribuintes só poderão ter, de forma gratuita por ano, 12 consultas, 10 atendimentos na urgência, 30 exames laboratoriais entre outros. Caso a pessoa necessite mais que o estipulado terá que pagar até 20% de co-participação (limitado a até R$30 por procedimento).
A luta contra o desmonte do Ipesaúde
Desde a aprovação da lei, que se diga de passagem chegou na ALESE na noite do dia 01/06 e foi aprovada na manhã do dia 02/06, que o Sintese, a CUT e demais sindicatos estão empenhados para evitar o desmonte do Ipesaúde e buscam mobilizar o funcionalismo público estadual e municipal contra essa ação do governo.
- Cinco dias após a aprovação da lei, os sindicatos se reuniram e deliberaram ações de luta
Abaixo assinado
Uma das ações de luta foi a organização, pela CUT e CTB, é a organização um abaixo assinado para cobrar transparência do Governo de Sergipe, além de reivindicar uma auditoria do Ipesaúde que explique a responsabilidade dos gestores públicos e as origens do rombo financeiro.
O Abaixo Assinado do movimento sindical também pede a revogação da lei para que esta dívida não seja novamente cobrada do bolso dos servidores públicos do Estado de Sergipe, da ativa e aposentados.
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Próximo ato é dia 07 de agosto no TCE
A próxima ação de luta é na segunda, dia 07 de agosto em frente ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe. Quem contribui para o Ipesaúde irá cobrar que o TCE faça uma auditoria nas contas do instituto, pois é fundamental que a sociedade sergipana saiba de onde surgiu essa ‘dívida’.
Fonte: Sintese