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Sexta: Ato em Aracaju contra reforma da Previdência e privatizações

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Na próxima sexta-feira, dia 22 de março, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em conjunto com outras centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais constroem "Ato Unificado Contra a Reforma da Previdência e Privatizações." Em todo o Brasil, os trabalhadores irão ocupar as ruas para protestarem em defesa da aposentadoria e do patrimônio nacional. Em Aracaju, a concentração do ato acontece na porta da DESO, Rua Campo do Brito, a partir das 15 horas. Após os trabalhadores saem em caminhada pelas ruas do Centro.

A reunião organizativa para construir o Ato Unificado Contra a Reforma da Previdência e Privatizações aconteceu em Sergipe na terça (19/3), na sede do SINDISAN. A DESO foi escolhida como concentração, em razão do dia 22 de março ser também o Dia Internacional da Água. As entidades que sentaram juntas para definir os últimos detalhes foram: a CUT, CTB, UGT, CSP/Conlutas, o SINDISAN, ADUFS, SINDIPEMA, SINDIPREV, SINTESE, SINDIJUS, SINDIFISCO, SINASEFE, MTST, SINDIPETRO, TAMPA, SINAF, SINDISCOSE, Fórum Negro e Frente Povo Sem Medo, entre outros.

Vice-presidente da CUT/SE e diretor do SINDIJUS, Plínio Pugliesi reforçou o convite para engrossar a marcha do dia 22 de março. “Estamos vivendo um momento em que tudo que foi construído pelo povo brasileiro está sendo destruído de forma avassaladora, por um governo fascista que não tem pudor em dizer que é contra o povo e eliminar seus adversários. Frente a esses perigos, a luta da classe trabalhadora em defesa dos direitos se eleva a outro patamar e se torna também a luta pela própria existência das pessoas. Por isso não tem opção, a população precisa se unir e ir pras ruas”.

 

Reforma da Previdência

Se o Congresso Nacional aprovar o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) muitos trabalhadores não vão conseguir se aposentar e muitos se aposentarão com benefícios de menos de um salário mínimo.

Toda a classe trabalhadora é prejudicada e mais ainda as mulheres, trabalhadores rurais e usuários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 

A reforma impõe a obrigatoriedade da idade mínima para a aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), tanto do setor público como do setor privado. A proposta também contém um dispositivo que aumenta, a partir de 2024, a idade mínima a cada quatro anos.

Acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição. Para o trabalhador se aposentar, precisa obrigatoriamente atingir a idade mínima. Nesse caso, o tempo de contribuição passará de 15 para 20 anos. Se o trabalhador quiser receber o benefício integral, além da idade mínima, terá de contribuir durante pelo menos 40 anos. Com isso, para as mulheres, a reforma da previdência fará com que trabalhem 10 anos a mais – aumentando de 30 anos de contribuição para 40 anos – para terem acesso à aposentadoria integral.

O presidente Bolsonaro também quer implementar no Brasil o regime de capitalização da Previdência, o mesmo implantado no Chile. A reforma imposta em 1981 pelo ditador Augusto Pinochet – com a ajuda de uma patota de economistas formados na Escola de Chicago – acabou com a contribuição do Estado e dos patrões, tanto na Previdência quanto na saúde. Cada trabalhador chileno passou a poupar individualmente para a própria velhice, depositando cerca de 10% dos salários em contas administradas por bancos privados. Trinta e oito anos depois, o fracasso é provado em números. Quando foi apresentada, a capitalização pinochetista prometia um retorno de 70% do salário médio das contribuições. Mas hoje, a primeira leva de aposentados recebe em torno de 35% de sua renda média.

 

Não às privatizações

A luta contra as privatizações se justifica pela continuidade da política de desmonte das companhias de saneamento e do avanço do projeto de privatização do setor e também dos mananciais de água do país, como já sinalizava o governo de Temer e agora do seu sucessor, Jair Bolsonaro, que tem como bandeira de governo a entrega total das estatais e dos recursos naturais do país ao capital privado estrangeiro.

Sérgio Passos, secretário do Sindisan (sindicato dos trabalhadores da Deso e Cohidro), explicou que a luta em defesa da água e da aposentadoria é uma só. “Chamamos os trabalhadores e a sociedade para se somarem à nossa Caminhada, para juntarmos forças contra mais esse desmonte dos direitos, do patrimônio público e de entrega das nossas riquezas aos grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros, como pretende Bolsonaro. Estaremos, durante o percurso, dialogando com a população sobre a importância da água potável como recurso finito e cada vez mais escasso, e a necessidade de mantê-la como um direito humano inegociável; assim como também vamos cobrar dos governos mais investimentos nas nossas companhias de saneamento, para que elas possam fornecer serviços de qualidade à população e garantir saúde, porque investir em água e saneamento é política pública de saúde”, explicou Passos.

 

Serviço:

O quê: Ato Unificado Contra a Reforma da Previdência e Privatizações

Quando: 22/03/2019, sexta-feira

Onde: Rua Campo do Brito, 331, Bairro 13 de Julho, Aracaju