‘Lutar e construir a Reforma Agrária Popular’ foi a mensagem das trabalhadoras/es rurais durante o protesto que tomou as ruas de Aracaju na quinta-feira, 25 de julho, o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural.
Em Sergipe, a data especial foi marcada por manifestação na porta do INCRA e caminhada até a Assembleia Legislativa de Sergipe para celebrar os 40 anos do Movimento Sem Terra (MST), pelo avanço da luta e por políticas públicas.
A vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Caroline Rejane Santos, participou da caminhada de luta, assim como várias lideranças de sindicatos filiados à CUT/SE.
“A CUT e o MST são organizações que já estão na casa dos 40 anos, e sempre juntos na luta pela mudança da sociedade. Eu, como mulher negra, faço uma saudação a todas mulheres negras, latinas e caribenhas neste dia 25 de julho, dia dos trabalhadores/as rurais, data para cobrar política pública, não só de reforma agrária, mas de saúde, educação e de moradia. A política federal precisa avançar para que se construa uma política efetiva do governo de estado para a agricultura. O orçamento da agricultura do Governo Mitidieri para 2024 é o menor orçamento dos últimos 13 anos”, discursou a vice-presidenta da CUT/SE.
Pela Reforma Agrária Popular
Coordenador Nacional do MST Sergipe, José Roberto da Silva comemorou a beleza do protesto construído e a união de várias organizações, além dos trabalhadores do campo e da cidade.
“A CUT sempre esteve ao lado dos trabalhadores do campo e é muito importante esta união de organizações de luta. Assim tivemos o MCP (Movimento Camponês Popular) nesta caminhada para cobrar a retomada das políticas de reforma agrária de forma mais acelerada. Lula tá reconstruindo a política de reforma agrária destruía após o golpe de 2016 que tirou Dilma da Presidência. Mas ainda falta orçamento para o PRONERA e falta orçamento para o INCRA”, declarou Zé Roberto
Além da queda do orçamento do INCRA, o coordenador do MST disse que houve redução de funcionários: em 2016 o INCRA tinha 12 mil funcionários e hoje só tem 3 mil funcionários. “São muitas mudanças que precisam ser feitas de forma urgente. Depende de concurso público e de mais orçamento. Hoje temos 65 mil famílias do MST acampadas em todo o Brasil. Só em Sergipe, são 5 mil famílias acampadas. É preciso ampliar e fortalecer o INCRA para dar conta da demanda”, explicou Zé Roberto.
Fonte: CUT/SE