Políticas Públicas para o Esporte: entenda a importância

Você sabe qual a importância de ter o esporte como pauta presente nas políticas públicas?

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Não faz muito tempo, o Brasil acordava cedo para admirar Rebeca Andrade brilhar nas Olimpíadas do Japão. No entanto, o que poucos se atentaram é que a menina oriunda de uma família humilde em Guarulhos, provavelmente não estaria no maior palco do esporte mundial sem o projeto social que a revelou e possibilitou o surgimento de uma campeã olímpica.

No entanto, essas histórias de sucesso seriam ainda mais difíceis de acontecer sem políticas públicas voltadas para o esporte. Neste texto, vamos aprender mais sobre a governança voltada para o mundo do esporte e o impacto na percepção como nação. Vamos juntos?

 

O que são políticas públicas?

Uma política pública é uma iniciativa estatal com a finalidade de promover o bem-estar social e a melhor experiência possível para a população. Nesse sentido, órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza o Censo Demográfico, são fundamentais para o mapeamento de informações que possibilitem catalogar as carências do país e indicarem quais leis são mais assertivas.

Para que o estudo seja um retrato fiel da realidade, é necessário que as pesquisas sejam realizadas periodicamente. Caso as necessidades atuais possam ser atenuadas, no futuro possibilitará o investimento em outras áreas mais debilitadas.

As políticas públicas podem ser projetadas em âmbito legislativo ou executivo, assim como também a população tem o direito assegurado na Constituição Federal de 1988 de participar e avaliar as leis propostas.

 

Qual a importância de políticas públicas voltadas para o esporte?

As políticas públicas do esporte estão relacionadas com a saúde, combate ao sedentarismo, lazer e respaldo aos atletas profissionais. Além de incentivar hábitos mais saudáveis na população, e consequente aliviar o sistema público de saúde, as ações contribuem para a percepção de bom uso dos impostos.

O encaminhamento de recursos públicos para aprimoramento e descobrimento de jovens atletas como Rebeca Andrade é frequentemente associado a outros projetos sociais como iniciativas educacionais e recreativas.

Cidadãos mais humildes, idosos ou pessoas com deficiência também são indicadores decisivos na construção de academias gratuitas, praças e quadras, considerando questões de acessibilidade e a democracia do espaço público.

A Constituição de 1988 foi fundamental na democratização do esporte no país, visto que passou a ser um direito de todo cidadão, mas também possibilitou a intervenção do Estado na resolução de problemas estruturais.

O Ministério do Esporte foi instaurado em 2003 como órgão máximo do esporte no Brasil, responsável principalmente pelo desenvolvimento do esporte ao longo do país.

Projetos sociais em comunidades carentes, como o que revelou Rebeca Andrade, e incentivos financeiros diretos como o Bolsa Atleta estão diretamente ligados ao histórico desempenho de atletas olímpicos e paralímpicos em competições recentes, considerando que cada modalidade possui necessidades específicas.

 

Por que o esporte é importante nas políticas governamentais?

Historicamente, o esporte é utilizado como propaganda política pelos governos para demonstrar a força do regime e estimular o nacionalismo dentro do território.

No século XX, a tensão causada entre as potências americanas e soviéticas se instalou em outras zonas de influência, incluindo o esporte. As Olimpíadas eram o espelho da política internacional da época, capitalistas e socialistas duelavam por cada medalha, na tentativa de validar qual sistema político era melhor sucedido.

A edição dos Jogos de Moscou 1980 ficou marcada pelo boicote dos atletas americanos liderando outras nações aliadas em oposição a política do país sede, quatro anos depois em Los Angeles 1984 foi a vez dos soviéticos se recusarem a participar do evento.

O esporte mais popular do Brasil também já foi usado como instrumento político. Getúlio Vargas, caracterizado pelas decisões populistas durante seu período no governo, fez uso do prestígio do futebol e da seleção brasileira. Os famosos discursos no estádio de São Januário para divulgar principalmente as questões trabalhistas alimentaram a ideia de um líder “comum” e próximo do povo.

Outros líderes utilizaram a mesma estratégia, o período militar vinculou a vitoriosa campanha na Copa do Mundo de 1970 como espelho da nação bem-sucedida que estava sendo construída.

Em 2014 a oportunidade de receber novamente o mundial ambicionou os estadistas, porém o decepcionante resultado em campo (7×1), aliada a insatisfação em outras áreas socioeconômicas resultou em ondas de protestos que pressionaram ainda mais o poder central.

Fonte: Politize!

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