Sindijus participa de reunião do Comitê de Atenção à Saúde do TJSE

Grupo debateu medidas de combate ao absenteísmo e ao adoecimento mental de servidores e magistradosreuniao saude 750x510



Nessa segunda-feira, dia 28, o Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) realizou uma reunião para debater ações voltadas à saúde e bem-estar dos servidores e magistrados. O encontro contou com a participação do novo coordenador de Saúde dos Trabalhadores e Relações de Trabalho do Sindijus, o técnico judiciário Milton Rodrigues.

O primeiro tema apresentado aos integrantes do Comitê foi um levantamento feito pelo Centro Médico do Tribunal sobre medidas adotadas, ainda em 2022, para reduzir o índice de absenteísmo. A médica Cristiane Góes, diretora do setor, falou sobre a campanha de vacinação realizada nas unidades do TJ e que resultou na imunização 490 trabalhadores do Judiciário sergipano. A medida foi apoiada pelo Sindijus, que divulgou a campanha nas redes da entidade.

O Centro médico também citou outras ações, como práticas complementares de saúde – como Reiki – para auxiliar no tratamento dos transtornos relacionados à ansiedade. Ela anunciou que foi renovado o convênio com a Unit para retomada da ginástica laboral nos fóruns de Aracaju e que, até novembro, um projeto do Tribunal que ofertará alguns serviços de saúde às comarcas do interior.


Causas de afastamento

Na reunião, os membros do Comitê foram informados de que as doenças respiratórias, como síndromes gripais, figuram ente os principais motivos de afastamento do trabalho. A partir desse assunto, emergiu um debate sobre as estratégias de prevenção de transtornos de saúde mental. O coordenador de Saúde do Sindijus enfatizou que disseminar o entendimento acerca do sofrimento mental por meio de publicações periódicas poderia se revelar uma tática eficaz para capturar a atenção dos servidores, direcionando-os para a busca de apoio apropriado.

Entre as ações sugeridas estavam a realização de palestras, ministradas por especialistas, explicando a importância de se combater o sofrimento mental; e também o bloqueio do Sistema de Controle Processual virtual (SCPv) durante o final de semana. Segundo a juíza coordenadora do Comitê Estadual de Saúde, Iracy Mangueira, outros tribunais do país já adotam essa prática e que ela está fundamentada no “direito à desconexão”.

A magistrada também se pronunciou sobre o layout do sistema – com os alertas em vermelho, amarelo e verde – que seriam gatilhos para provocar ansiedade em algumas pessoas. “Eu só fui entender essa preocupação, que era apontada como um problema pelo Sindijus, usando o sistema”, afirmou a magistrada. Segundo ela, se não for possível mudar as cores, poderia ser reavaliado a métrica usada para classificar o status das tarefas no sistema.


Engajamento

Em seguida, a representante do Centro Médico falou da dificuldade de engajar os servidores nas iniciativas de prevenção aos problemas de saúde, a exemplo de palestras e eventos on-line. O coordenador do Sindijus, Milton Rodrigues, sugeriu que essas atividades sejam realizadas durante o expediente de trabalho, medida que pode aumentar a adesão dos trabalhadores.

Ao final da reunião, a desembargadora Elvira Maria de Almeida, que preside o Comitê, solicitou que o Centro Médico, por intermédio dos profissionais de psiquiatria e psicologia, realize um estudo que fundamentem a adoção das medidas propostas pelo grupo. Com relação ao Plano de Ação Bienal 2023/2024 do Comitê de Atenção Integral à Saúde, o documento será encaminhado aos membros do grupo e será discutido na próxima reunião, que ocorrerá no dia 30 de outubro.

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