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Patrões são contra a igualdade salarial entre homens e mulheres

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Patrões da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra trechos da lei que obriga o pagamento de salários iguais para homens e mulheres na mesma função, sancionada em julho passado pelo presidente Lula. A luta deles é diferente, né?

“Vamos acompanhar de perto essa ação, mais uma vez os patrões vêm na cara de pau recorrer de uma pauta mais do que justa, que é a igualdade salarial entre homens e mulheres. Esperamos que o STF não compactue com um retrocesso como esse”, alerta Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.

O capitalismo se sustenta no aprofundamento das desigualdades sociais e na exploração do homem pelo homem – neste caso, das mulheres pelos homens. Sendo assim, em um país onde mulheres recebem 21% a menos que os homens e o rendimento de uma mulher negra é, em média, 47% o de um homem branco (IBGE), confirma-se que, além de machista, o mercado de trabalho também é racista.

Combater a uniformidade salarial entre gêneros e raças é uma forma de fomentar mais desigualdades, já que dos 75 milhões de lares do país, a maioria (50,8%) é chefiado por mulheres. 21,5 milhões por mulheres negras e 16,6 milhões por não negras (DIEESE).

Você sabia que esta lei estabelece pagamento de multa equivalente a 10 vezes o valor do salário para a funcionária discriminada, em caso de não equiparação salarial? Pois é, eles odeiam mesmo as mulheres e direitos trabalhistas!

(Fonte: Sondicanto dos Comerciários/RJ)
(Foto: Arquivo Agência Brasil)